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Contos Pequeninos de Meninas & Meninos

Somos um grupo de inventores de contos que incluem crianças, adolescentes e adultos no prazer de inventar, escrever e ilustrar os contos que nascem quando estamos juntos.

Contos Pequeninos de Meninas & Meninos

Somos um grupo de inventores de contos que incluem crianças, adolescentes e adultos no prazer de inventar, escrever e ilustrar os contos que nascem quando estamos juntos.

12.05.23

Contos pequeninos premiados no concurso "Uma Aventura Literária"


Inventores de contos

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Fomos desafiados a concorrer ao concurso “Uma Aventura Literária” e enviámos a concurso:

-“A boneca que não falava

-“O livro dos desenhos grandes, o livro dos desenhos pequenos e o livro dos sonhos

-“O amor de um valente cavaleiro

-“A casa da floresta

-“Um almoço de frutas e legumes falantes

-“Onde está a minha princesa?

-“Romance na praia

-“O pássaro azul

-“As irmãs: uma descoberta na gruta

Foi com enorme surpresa e alegria que o conto “A casa da floresta” ganhou o 2.º prémio ex-aequo na categoria de texto original.

A “A Casa da floresta” foi inventada, contada e ilustrada pelos alunos da turma do 2.ºL: João Gomes (7 anos), Simão Nunes (8 anos), José Neves (7 anos), Dinis Neves (7 anos), Madalena Costa (7anos) e Alexandre Santos (7 anos).

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Muitos parabéns aos pequenos escritores!

02.05.23

As Princesas


Inventores de contos

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Há muito, muito tempo, no tempo dos reis e rainhas, duas lindas princesas viviam num castelo, no país a que hoje chamamos França. O castelo ficava perto de um magnífico lago e tinha enormes jardins floridos e com árvores gigantes.

          As princesas eram irmãs e muito amigas, a mais velha chamava-se Sofia Mafalda Catarina de Paris e a mais nova chamava-se Laura Leonor Vitória de Paris. Para se divertirem elas gostavam de dançar e brincar nos jardins do castelo, andar no baloiço e no escorrega.

          Certo dia, depois de muita diversão, sentiram-se cansadas e cheias de calor. Então, decidiram descansar, num banco do jardim, à sombra de uma grande árvore. A princesa Sofia perguntou à princesa Laura:

   - Olha Laura, gostarias de comer alguma coisa? Estou faminta!

   - Sim, apetecia-me um bom gelado de chocolate! - respondeu a Laura.

  -Então, anda! Vamos à cozinha pedir à Dona Emília! – disse, prontamente a Sofia.

          Assim, lá foram as duas princesas e depressa voltaram para o banco de jardim, onde saborearam os seus deliciosos gelados.

 

          Quando acabaram os gelados viram, na encosta de um monte próximo, um belo cavalo e um pónei, que se alimentavam das ervas que por ali cresceram.

   - E se fossemos brincar com o pónei? - propôs a princesa Laura que era a mais aventureira.

   - Vamos, mas não podemos demorar muito... – respondeu Sofia.

   As duas irmãs caminharam até ao monte e aproximaram-se, devagarinho, para não assustarem os animais, mas eles eram muito dóceis e estavam habituados às pessoas.

          As princesas sabiam montar, por isso, a Sofia subiu para o cavalo e Laura para o pónei, e galoparam até ao castelo.

          Foi um belo passeio! Foi pequeno mas muito divertido!

          Ao chegar ao castelo viram que os seus cabelos não estavam bonitos, pois ficaram todos emaranhados devido ao vento. Correram até aos quartos para se arranjarem: Laura fez duas tranças e Sofia escovou o seu cabelo comprido, cuidadosamente.

          Sabem, as princesas têm que se apresentar sempre muito cuidadas e asseadas, senão não são princesas!…

          A tarde corria emocionante e as duas princesas foram descansar na varanda do castelo, mas algo aconteceu. Ou melhor, algo se ouviu! Um gatinho miava, miava, parecia pedir socorro no jardim.

          As duas irmãs desceram depressa as escadas e procuraram o gatinho. Foi quando viram um gatinho preto, com manchinhas brancas, cheio de fome e com muito medo!… Esperem, não era só um gatinho! Eram três gatinhos esfomeados e sem dono, perdidos no jardim real!...

 

          As meninas correram à cozinha e pediram à Dona Emília comida para os gatinhos. Mas, que comida? Eram muito pequeninos!…

          A Dona Emília lá arranjou uma taça com leite que os gatinhos beberam num instante!

- Olha Laura! E agora? Que vamos fazer com os gatinhos? Se calhar perderam a mãe gata! - disse Sofia um pouco triste e preocupada.

- Vamos falar com o senhor Bernardo, ele saberá o que fazer! - respondeu a princesa Laura.

    E assim aconteceu! O senhor Bernardo, que era muito habilidoso, logo arranjou uma casinha para os gatinhos. Como eles ficaram contentes!

          E as princesas? Bem, estavam muito felizes mas também muito cansadas pois foi um dia cheio de atividades e aventuras.

          À noite, foram dormir cedo e sonharam bastante com o próximo dia.

          Como é bom sonhar! E como é bom viver os nossos sonhos!

          Boa noite!

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Este conto foi escrito e ilustrado pela Alícia Vitória Neves e Ana Maria Santos (7 anos).

02.05.23

As irmãs: uma descoberta na gruta


Inventores de contos

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Numa certa aldeia, no meio de um campo florido e verdejante, existia uma pequena casa branca onde vivia uma família: o senhor Fonseca, sua esposa Alice e suas duas filhas Inês e Sara. As duas irmãs eram muito amigas e gostavam de partilhar as suas tarefas e brincadeiras. Por vezes, envolviam-se em algumas aventuras e descobertas que tornavam os seus dias entusiasmantes e cheios de novos acontecimentos.

   Inês era uma menina alegre, curiosa, de cabelos louros e compridos, olhos azuis, parecidos com os de seu pai, e tinha 12 anos de idade. Já sua irmã tinha cabelos castanhos compridos, olhos azuis e, com os seus 10 anos, era muito destemida e aventureira, andava sempre à procura de algo novo para explorar.

 

   Ora, certo dia, depois do almoço, decidiu ir dar um pequeno passeio pelo campo para exercitar o seu animal de estimação: o Amarelinho. Ele era um canário especial pois, não precisava de gaiola, nunca fugia para muito longe, acompanhava Inês para todo o lado mesmo nas suas brincadeiras e tarefas diárias. Era divertido passear com o Amarelinho e vê-lo esvoaçar à sua volta!

   Ía Inês a saltitar, toda contente, quando avistou, perto de uma moita de erva verdinha, um bonito coelho cinzento. Logo parou. Aproximou-se devagarinho para observar mas, o orelhudo ouve tudo, mesmo o balançar da erva, e pôs-se em alerta. Deu um salto e correu ágil por entre ervas, plantas e pedras.

   Inês começou a perseguição. Ela só queria observá-lo mais de perto mas, o coelho orelhudo, não estava para observações, muito menos para conversas. Chegou até uma gruta, que por ali existia e, rapidamente, entrou nela.

 

    Inês, cansada de correr, ficou parada a olhar para a gruta e a pensar no que fazer. Será que entra ou será que foge? Bem, depois de alguns minutos, correu para casa.

   -Inês, Inês queres vir comigo? Anda, vamos procurar um coelho na gruta-gritava Sara ainda pelo caminho.

   Sara, a ouvir tal alarido, veio à porta.

   -Que dizes? Qual coelho? Qual gruta- questionava Sara sem nada perceber.

   - Anda, encontrei um coelho cinzento que se escondeu na gruta, traz a lanterna e vem comigo!

   E lá foram as irmãs para a nova exploração, todas curiosas e cheias de entusiasmo.

   Chegaram à gruta. Cautelosamente, ligaram a lanterna e foram avançando. Não parecia muito profunda mas, logo avistaram um cogumelo vermelho gigante.

   -Olha Sara! Está ali o coelho, debaixo do cogumelo-disse a Inês surpreendida.

   -Nunca vi um cogumelo tão grande! Uau!-observou Sara.

   Aproximaram-se. O coelho estava meio pasmado a olhar para um buraco no cogumelo gigante. As irmãs também quiseram ver o que se passava. Foi quando viram uma pequena flor azul no buraco do cogumelo e de onde saiam gotas de água.

   -Olha, Inês! A flor está a chorar!-disse Sara.

   -A chorar? Porque será?-questionou a Inês.

   Ouviu-se uma voz que disse:

   -Choro porque gostaria de ver o sol, sentir o seu calor e, talvez, conhecer alguma abelha que leve o meu pólen…

   A Sara assustou-se.

   -Uma flor a falar? Como poderá ser? Bem, esta gruta deve ser mágica!...-comentou a menina.

   Sara chegou perto do cogumelo e, delicadamente, arrancou a flor, levando-a para fora da gruta.

   As duas irmãs esqueceram o coelho, só procuravam um lugar bonito perto do rio.

   Inês abriu um buraco na terra onde Sara plantou a raiz da flor. Depois, foi buscar água com as mãos e regou a planta.

   -Então flor estás melhor? Gostas do sol?-perguntou Sara.

   Porém, a flor nada disse, nenhuma voz se ouviu. Seria Magia? Seria imaginação? Seria um sonho?...

   As duas irmãs ficaram perplexas, não conseguiram dar uma explicação lógica.

   A verdade é que, junto ao rio, existe uma bela planta que cresce de dia para dia, dando bonitas flores azuis. Estará feliz? Claro que sim, a cor brilhante das suas flores, o verde viçoso das suas folhas dizem tudo.

   Às vezes, a felicidade não precisa de palavras basta um olhar atento!

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Este conto foi inventado, escrito e ilustrado por Iara Oliveiro e Lara Sofia Santos (10 anos).

 

 

02.05.23

O Pássaro Azul


Inventores de contos

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Numa aldeia, onde o campo é rei, as árvores são rainhas e as flores são príncipes e princesas, existiu uma camponesa chamada Alice Passarinho. Ela já tinha alguma idade, vivia numa casa com um bonito jardim e tinha uma vida normal do campo: levantava-se cedo, cozinhava, tratava das suas rosas, malmequeres, crisântemos, etc.

        A Dona Alice Passarinho era bem conhecida porque tinha um animal de estimação muito raro e de uma beleza de contos de fada. Deu-lhe o nome de Blue dado que a sua plumagem era de um azul intenso. Gostava muito de vê-lo a passear no céu sobre o seu jardim, fazia pequenas corridas, brincava às escondidas por entre flores e arbustos, parecia uma criança a divertir-se.

        Como nem tudo são rosas, mesmo no campo, num dia de nevoeiro cerrado, o Blue quis esvoaçar um pouco. A certa altura, desorientou-se e perdeu-se no céu.

        Dona Alice procurou o seu companheiro e começou a cantar a sua canção favorita. Mas, o seu Blue não apareceu, nem para ouvir, nem para brincar. Nada. Nem visto nem achado!

        Quando o nevoeiro já tinha quase desaparecido, Dona Alice procurou nas árvores junto à sua casa, não fosse ele estar no esconde-esconde. Nada! Nem visto, nem achado!

        Começou a aflição, a agitação, a palpitação e para mais confusão Dona Alice avista o caçador de passaritos: o senhor Zé Pardal.

 

        Lá explicou ao senhor o sumiço do seu pássaro Blue, não fosse o Pardal atirar ao seu passarinho de estimação!

        - Dona Alice Passarinho, sossegue! Eu vou ajudá-la a encontrar o seu passarinho – disse o senhor Zé Pardal com toda a calma.

        - Como pode ver, tenho aqui alguns à cintura para o meu jantar, mas nenhum é azul, nem Blue - acrescentou ele.


        Então, lá foram mato fora, ou mato dentro, como quiserem…

        Mais à frente, encontraram uma casita, até bem catita, aproximaram-se e bateram à porta.

        Apareceu uma mulher de idade duvidosa, com um grande nariz, cabelo desgadelhado e olhos arregalados…

        - Que quereis? - disse a mulher com um tom de poucos amigos.

        - Ando à procura do meu pássaro que desapareceu. Por acaso não o viu? - perguntou a Dona Alice um pouco receosa.

        - Não vi nada, nem ninguém! - respondeu a mulher, fechando a porta com força, mesmo na cara da Passarinho.

        - Dona Alice, Dona Alice aqui há passarinho...- comentou o Pardal. Acho que esta senhora pouco formosa e pouco amistosa nos está a esconder algo…

        -O senhor Zé tem razão. Vamos esperar um pouco, perto daqueles arbustos, e ver se a coelha sai da toca...- propôs a Dona Alice.

        Estavam eles de vigia quando a senhora, de pouca formosura, saiu de casa e afastou-se pelo caminho.

        O senhor Zé e a Dona Alice foram perto de uma janela aberta e olharam para o interior.

        - Dona Alice, Dona Alice está a ver aquele caldeirão a fumegar? E aquele gatinho preto lá no canto? E aqueles frasquinhos cheios de sapos, aranhas, morcegos e coisas semelhantes? Ai que nós temos aqui alguma bruxa escondida com o rabo de gato lá dentro! - observava o senhor Pardal, já quase a perder o pio.

        -Senhor Zé, deixe-se disso! Salte é lá para dentro e solte o meu Blue que está preso naquela gaiola, perto do caldeirão. Coitadinho! Ele está quase azul de medo do tareco preto! - constatou a Dona Alice.

        Cheio de coragem de pardal valente, saltou a janela, libertou o passarinho e correu pelo mato fora acompanhado da Dona Alice que se esquecera da sua idade e dos seus ossos doridos.

        Chegaram a casa um pouco ofegantes, mas a senhora Passarinho estava muito contente com o regresso do seu Blue e da companhia do senhor Pardal. Logo decidiu festejar o momento com um piquenique no quintal.

        Estavam eles no seu banquete, com sementes de girassol, bolo de chocolate recheado com chantilly e morangos, suculentas maçãs vermelhas, sumo de laranja e água fresca, quando se ouviu uma voz:

        - O meu pássaro! O meu pássaro! Roubaram o meu pássaro!

        Olharam os três com admiração: a senhora Passarinho, o senhor Pardal e o Pássaro Blue. Afinal, por quem chamava a voz?

        -Oh, senhora, este pássaro é meu há já sete divertidos anos- disse prontamente a Dona Alice.

        -Esse pássaro estava numa gaiola na minha casa e foi roubado! - insistiu a dita senhora.

        - Ouça lá, para que queria o Blue? - perguntou curioso o senhor Zé.

        Depois de alguns esclarecimentos, a senhora contou que se chamava Matilde Pintassilgo e que precisava de uma pena de pássaro azul para fazer um feitiço às pessoas da aldeia. Elas andavam muito tristonhas e só queria pô-las alegres e bem-dispostas outra vez.

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        O nosso pássaro azul logo retirou uma pena com o bico e levou-a à senhora. Admirados com o gesto do Blue e, vendo a boa intenção da Dona Matilde Pintassilgo, também a convidaram para o delicioso piquenique.

        E assim acabou este acontecimento e iniciou-se uma bela amizade onde reina a passarada.

 

Criada por Bianca Santos – 4.º ano (9 anos).

 

02.05.23

Romance na Praia


Inventores de contos

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Numa praia de ondas gigantes e areia dourada e macia, estava uma folha de papel a apanhar sol e a contemplar a beleza, a calma e a vida ondulante que salta do mar azul.

Aproximou -se um lápis esbelto, alto, elegante, de azul ciano e brilhante que encantou os olhos da menina folha de papel, chamada Clementina.

 Fez-se silêncio. Só se sentiam os olhares entre eles. Todo este cenário marítimo e relaxante deixou de existir. Agora ouviam-se corações a bater mais fortes, uma agitação inquieta pairava no ar!

A menina folha corou um pouco, levantou-se da areia e disse:

-Olá! Como te chamas?

-Eu sou o Ambrósio. E a menina? - perguntou o lápis.

-Eu sou a Clementina. O que faz por aqui?

-Ando no meu passeio diário, procuro inspiração para os meus escritos - respondeu Ambrósio.

-Ai sim! E que escritos são esses? - perguntou Clementina.

-Escrevo todo o tipo de histórias: de amor, de amizade, de carinho, de comédia, …

-Então gostarias de escrever algo no meu vestido?

-Pois sim, menina.

 

Ambrósio inclinou-se um pouco e, delicadamente, deslizou pela menina folha, deixando a seguinte frase: “Uma flor desenhada é uma flor amada!”

Quando Clementina leu a mensagem ficou encantada, pois o lápis também era poeta. Haverá algo mais belo que uma flor? Símbolo de juventude, de vida, de berço de sementes e frutos que encantarão muitos seres. E o lápis continuou, desenhou, rabiscou, pintou até chegar a uma bela flor. E a obra nasceu!

A menina folha de papel deixou de ser uma simples folha branca e passou a ser uma folha colorida, cheia de cores, traços e letras desenhadas, ficou um vestido de princesa, feito com carinho e delicadeza. A sua felicidade era tal que começou a cantar e dançar, rodopiava e bailava ao sabor do vento… Como uma simples frase ou desenho trouxe alegria e boa disposição a uma folha solitária na areia daquela praia…

O canto de Clementina encantou o lápis e a brisa de amor soprou sobre eles… Deram as mãos e dançaram, dançaram ao sabor do vento e do momento.

Por vezes, o amor nasce assim: num olhar, numa palavra, num gesto, numa mensagem, num desenho, numa dança, numa canção. Às vezes é delicado, meigo e sorrateiro… Outras vezes é mais barulhento e desajeitado. Mas o amor é assim!...

 

Conto inventado e ilustrado por Leonor Mendes, Rita Pereira e Lara Rodrigues (11 anos).

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02.05.23

Um almoço de legumes e frutos falantes


Inventores de contos

        Na casa da dona Joana preparava-se um delicioso almoço na sua cozinha. Em cima da bancada encontravam-se diversos legumes que, por uma magia momentânea, começaram a discutir. Queriam saber quem iria para a sopa de legumes e não se entendiam de forma alguma.

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       O tomate limpou a garganta e disse:

       -Eu tenho de ir para a sopa e é já! Quem não gosta de um saborzinho de tomate numa sopa quentinha?

       O espinafre, que ouvia atentamente o discurso do tomate, tomou o lugar dele e disse:

       -Ai! Eu é que não posso ficar de fora! Estou aqui há já algum tempo e começo a ficar estragado!

       Chegou a vez da cenoura começar a falar:

       -Vocês acham que eu não vou entrar na sopa? Ah! Ah! Ah! Isso é o que vamos ver! Vocês sabem muito bem que, todas as vezes que a dona Joana faz sopa de legumes, eu, nunca falto!

       Depois daquele discurso mais nenhum legume falou e lá foi para a panela o tomate, a cenoura, a cebola, a batata, os espinafres, entre outros.

       Chegou, então, a hora do segundo prato: uma lasanha de legumes à moda da dona Joana. E lá começou outra vez a discussão de quem seria escolhido para o prato.

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       A beringela, toda roxa, começou por dizer:

       -Ora eu vou, com certeza, para a lasanha de legumes, é claro! Quero dar aquele saborzinho especial!

       -Eh lá! Todos sabem que eu sou o preferido da dona Joana! - disse o cogumelo todo vaidoso.

       Assim, lá foram: a beringela, os cogumelos, a curgete, o pimento e outros mais.

       Finalmente, chegou a vez da dona Joana preparar a sobremesa. Desta vez foram os frutos que começaram na tagarelice para saber quem seriam os escolhidos para a salada de fruta.

       Apareceu a maçã toda rosada e, gritando bem alto, disse:

       -Eu, linda como sou, vou ser a primeira escolha! Sou doce e suculenta, todos gostam de uma trinca!

       -Oh, não! Eu é que sou a melhor fruta do mundo! Sou muito docinha, mole e os dentes nem são precisos! Até os bebés gostam de mim… - disse a banana madurinha.

       -Ora, ora. Eu nem preciso de dizer nada! Claro que sabem que tenho de adoçar a salada e fazer aquele suminho delicioso! - acrescentou a laranja toda vaidosa.

       Chegou a hora da sopa de legumes, da lasanha de legumes e da salada de fruta irem para a mesa e serem apreciadas pela família da dona Joana. Todos comeram e adoraram este almoço tão falante e tagarela.

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Este texto foi escrito por: Eduardo Carbone ( 9 anos) e revisto por Celina Santiago.