As "Fotos" do Zoo
Os alunos do 1.º ciclo foram ao Zoo e criaram estas "fotos"












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Era uma vez um príncipe chamado Leonardo, que vivia num reino sem nome e muito distante. Ele passava os dias na varanda do seu palácio a olhar para o longe e a imaginar como seria a sua futura princesa.
Olhava para as nuvens e via muitos rostos, uns redondos e gordinhos, outros mais compridos e magrinhos, uns sorridentes e simpáticos, outros mais sérios, todos diferentes, mas todos com a sua beleza.
- Ah! Como gostaria de conhecer a minha amada! - suspirava o nosso príncipe.
A sua mãe, a rainha Mafalda de Albuquerque, quando via o filho a suspirar, dizia-lhe:
- Leonardo, de que te servirá tanto suspiro?... Vai pelo mundo! Conhece pessoas, lindas donzelas! Vai visitar os nossos parentes mais distantes! Descobre e conhece outros reinos, outros palácios! Põe-te a caminho, que já se faz tarde!...
Leonardo ia ouvindo sua mãe e, certo dia, decidiu fazer uma viagem sem destino à procura do seu amor. Pegou no cavalo Rodolfo, que era forte e robusto, mandou dois criados prepararem a bagagem e lá partiu com eles para não sei onde.
Os dias iam passando, entrou numa cidade e noutra, num palácio e noutro, mas nada de princesas ou donzelas que recebessem o seu coração.
Num dia, ao anoitecer, chovia muito e o vento estava zangado e rabugento pois bufava com toda a gente. E as árvores? Oh, essas balançavam para todos os lados, sacudiam as gotas da chuva, e nem conseguiam fazer uma soneca das árvores, que como sabem, dormem em pé. Coitadas! Se calhar é por isso que ficam tortas e os ramos vergados pois nunca se deitam direitas…
Continuando…. Ia o príncipe Leonardo nesta grande dificuldade, quando o seu cavalo meteu uma pata numa poça marota e tombou, escorregou, tropeçou quase fez a espargata e não se aguentou de pé. Caiu caidinho no chão duro e lamacento.
Mas, o pior está por contar. O cavalo ficou só um pouquinho dorido, mas o seu dono... Esse caiu junto com o cavalo, bateu com a cabeça numa pedra, teimosa em se manter naquele sítio. Mas, porque é que aquela senhora Pedra não se moveu, ao ver tal belo príncipe a cair? Bem, eu não percebo nada de pedras teimosas nem de pedras sem maneiras reais…
Os criados do príncipe logo desceram das suas montadas para socorrer a Sua Alteza Real, mas o príncipe olhava para eles com aquele olhar estranho.
-Quem sois vós? O que me fazeis? - perguntou o príncipe espantado.
- Calma, Sua Alteza, só o queremos ajudar a levantar pois caiu do seu cavalo Rodolfo.
O príncipe acalmou, mas não a chuva e o vento. Foi quando um dos criados disse:
- Temos de nos abrigar! Vamos até aquela cidade que se avista além! Já falta pouco!
Então, montaram novamente o príncipe no Rodolfo no seu cavalo, conduziram os seus cavalos e lá foram devagarinho para a cidade.
Procuraram uma estalagem que os acolhesse, mas estava tudo ocupado com outros viajantes que também fugiram da tempestade.
Até que, apareceu uma jovem toda encharcada, andava à procura do seu Tareco, que tinha uma pata partida, tinha fugido assustado com o barulho do vento.
Ao ver a aflição dos criados, logo quis ajudar o jovem do cavalo, que não sabia que era príncipe. A jovem disse que se podiam abrigar na adega da casa da sua avó, mesmo no fundo da rua.
Nem pensaram duas vezes. Saíram logo atrás da jovem e, ao chegar, o príncipe agradeceu a caridade e gentileza da jovem.
- Obrigada, boa donzela por nos receber na sua casa.
- Podem ficar aqui em baixo na adega, vou buscar dois cobertores e amanhã já poderão partir- disse a jovem gentilmente.
No outro dia de manhã, o sol brilhava e todos acordaram bem-dispostos e famintos. Só o príncipe estava muito calado e gemia um pouco.
A avó e a neta desceram as escadas para verem os seus hóspedes.
- Caros senhores, quem sois e para onde vão? -perguntou a avó.
- Somos viajantes e andamos a conhecer o mundo, - disse um dos criados.
- E aquele além? Quem é? - continuou a senhora.
- É Sua Alteza Real, o príncipe Leonardo.
- Oh! Um príncipe? E ele está bem?
- Creio que não, senhora, pois caiu do cavalo ontem à noite e bateu com a cabeça.
- Bem, trazei-o para cima, deitem-no no meu quarto e cuidaremos dele.
Passaram-se alguns dias, o príncipe não sabia bem onde estava, tinha muita febre e delirava. A jovem tratava dele, limpava-lhe o suor da testa, dava-lhe chá, que a avó tão bem preparava, e dava-lhe colheres de caldo de galinha. Enfim, todos esperavam que o príncipe melhorasse pois, naquela cidade, não havia médico. O último tinha morrido de velhice há já algum tempo.
Com tudo isto já tinha passado uma semana e o príncipe começou a melhorar, comia melhor e já não tinha febre. Só restavam algumas dores de cabeça. Pois não! Aquela turra na pedra teimosa deixou galo, ou galinha! Tanto faz!
Agora, o melhor da história! O príncipe e a jovem foram convivendo melhor, conhecendo-se melhor, falando melhor, sorrindo melhor e o amor começou a andar no ar!
O amor esvoaçava pela casa no bom dia da manhã, no obrigado pela sopa, no por favor pode ajeitar a minha almofada, no brilho de um olhar, na ternura com que conversavam, etc., etc., etc.
Até que, chegou o dia da partida do príncipe. Já estava bom para outra, como se costuma dizer. Ele acordou cedo e sentia-se feliz e triste. Feliz por se sentir bem e triste por ter de dizer adeus à avó e à bela jovem que o ajudaram. Bem, sentia mais tristeza pela jovem! Percebem? …
Naquela última noite tinha dormido pouco, pensou na vida e no que iria fazer a seguir a esta aventura de príncipe viajante e doente. Pensou, pensou e tomou uma decisão. Foi falar com a jovem que já tinha nome: chamava-se Florbela, mas o príncipe Leonardo tratava-a por Bela Flor.
- Bela, gostaria de te fazer uma proposta muito importante. - disse o príncipe.
- Eu saí do meu palácio para procurar um amor no meio da realeza cheio de beleza e fantasia dos meus sonhos. Porém, foi nesta humilde casa que encontrei um amor generoso, gentil, carinhoso, paciente e sem nada esperar. Encontrei o mais belo amor que vem do coração e que torna ainda mais belo quem o sente- disse o príncipe emocionado.
- Sua Alteza, eu sou pobre, não tenho pais, só tenho a minha avó e esta casa - acrescentou a Florbela.
- Isso já nada importa, eu tenho o que basta. Bela, aceitas ser minha noiva e viver no meu reino? - perguntou o príncipe numa voz suave.
- Se me aceitares assim, como sou: pobre por fora, mas com um coração cheio de amor, eu aceito ser tua futura esposa e terei todo o gosto em viver no teu reino, juntamente com a minha querida avó.
E foi assim que o príncipe Leonardo encontrou o seu amor: simples, sem os interesses e vaidades da realeza, mas grande em verdade, ternura e cuidado. Quem ama cuida e quem cuida ama!
Este conto foi inventado por Maria Ferreira Rodrigues, posto em palavras e no formato de livro por Celina Santiago.
Era uma vez uma floresta mágica habitada por fadas e elfos que cuidavam das árvores, das flores e dos animais. Estas criaturas eram de estatura muito pequena, tinham asas para voar, tinham poderes mágicos e uma grande ligação com a natureza, eram uma espécie de guardiões das florestas.
Entre as fadas existiam duas primas que se destacavam, pois andavam sempre envolvidas em aventuras e pequenas peripécias. A fada mais nova chamava-se Kiris, era muito bonita com os seus olhos azuis, boca avermelhada, bochechas carnudas e longos cabelos ruivos. Já a prima mais velha chamava-se Kiara e tinha olhos roxos, lábios rosa, pele clara com sardas no nariz, cabelo castanho, ligeiramente encaracolado, e orelhas bicudas.
As duas primas gostavam muito da floresta azul, que se chamava assim, por causa do seu bonito lago de água límpida e azul. Elas divertiam-se a apanhar flores, para fazerem coloridas tiaras, a correr atrás das borboletas, para brincar à apanhada, e a dormir uma soneca nalguma flor cheirosa e macia.
Certo dia, quando perseguiam as borboletas, entraram numa caverna e viram uma luz brilhante.
-Estou com medo! - disse a Kiris.
-Não tenhas! Eu estou aqui! - sussurrou Kiara.
As fadas voaram até à luz e viram uma borboleta grande, com asas brilhantes e luminosas.
A borboleta perguntou:
- Então, o que fazem estas duas meninas pequeninas e tão bonitas numa caverna tão escura?
- Olá, senhora borboleta! Viemos até aqui porque vimos uma luz muito forte e, como somos curiosas, decidimos entrar - respondeu Kiara.
-E como se chamam? - continuou a borboleta.
- O meu nome é Kiara, o dela é Kiris e o teu?
-O meu nome é Bela! - disse a borboleta.
As duas fadas conversaram mais um pouco com a bonita borboleta, mas estavam tão encantadas com o seu brilho, que quase não tinham palavras. Então, despediram-se e saíram da caverna, prometendo voltar outro dia.
E lá foram as primas a voar, a voar por entre os ramos e as folhas das altas e verdes árvores.
De repente, Kiris avistou um cogumelo gigante, pararam à sua frente e aperceberam-se que havia uma porta lateral. Subiram os pequenos degraus e abriram a porta. Era uma bonita casa que fora abandonada por alguma fada! Kiara gostou tanto daquele cogumelo que decidiu mudar-se para lá. A sua prima Kiris ajudou-a na mudança, mas as fadas não precisam de muitas coisas.
Passou um ano. Num belo dia soalheiro, as duas fadas decidiram voltar à caverna da borboleta brilhante. Quando estavam quase a chegar ouviram um grito de socorro vindo da caverna:
-Socorro! Socorro! Quem me ajuda?
Voaram com toda a velocidade de fada, entraram na caverna e viram a borboleta brilhante a ser levada pela água de um rio. Kiara e Kiris puxaram as asas da borboleta com todas as suas forças e conseguiram retirá-la da água.
Depois de descansarem um pouco, a borboleta agradeceu muito a ajuda, mas como ainda estava nervosa e assustada, as duas primas decidiram cantar uma canção. Cantaram uma bonita melodia em inglês:” I am in love, I am in love…”
Como cantaram bem as lindas fadas!
Para agradecer este bonito gesto, a borboleta ofereceu-se para levar Kiris e Kiara até às suas casas, pois elas sentiam-se um pouco cansadas. As duas fadas aceitaram, cada uma subiu para uma asa e voaram pelo céu azul. As asas da amiga borboleta estavam ainda mais bonitas, pois a luz do sol tornava-as mais brilhantes.
E assim acabou a aventura de duas fadas e uma borboleta!
E assim continuou a amizade de duas fadas e uma borboleta!
Este conto foi inventado e ilustrado pela Iara Henriques Oliveira e pela Íris Sofia Costa Ferraz. O conto foi passado a palavras e nasceu como livro pela mão de Celina Santiago.
Era uma vez uma rainha muito bonita, alta, com longos cabelos louros, pele clara e grandes olhos azuis cor do céu que andava preocupada com uma bruxa que vivia atrás do seu castelo.
A bruxa era bonita e assustadora ao mesmo tempo. Não era alta, nem baixa, tinha um cabelo negro muito liso que estava sempre em movimento, parecia quase uma vassourinha a abanar. O chapéu da bruxa era duro, alto, bicudo e preto, com uma larga fita azul arroxeada.
O sonho da bruxa era roubar os cabelos loiros da rainha sua vizinha. Depois de os ter, a bruxa ia transformá-los em ouro. Com o ouro a bruxa queria comprar um grande carrossel com cavalos enormes e prateados com belas crinas e caudas pretas para colocar no seu jardim.
Com o carrossel mágico a bruxa ia convidar todas as crianças do reino para serem suas amigas.
A bruxa queria também comprar uma carruagem muito bonita e colorida que quase parecia uma abóbora. Para puxar a carruagem ela queria comprar dois cavalos cor-de-rosa com crina e cauda douradas para levar as crianças a passear na cidade.
Num belo dia os filhos da rainha, o príncipe e a princesa, estavam a jogar no jardim com a sua bola e lançaram com tanta força que a bola voou e foi parar ao jardim da bruxa. O príncipe e a princesa foram atrás da sua bola e conseguiram saltar o muro para o jardim da bruxa.
Assim que chegaram ao chão do jardim do castelo da bruxa começaram a procurar a bola entre os arbustos e árvores. Num recanto ao sol estava refastelado o gato preto da bruxa que ficou encantado com as crianças. A partir desse momento o gato passou a andar sempre atrás dos meninos. Enquanto andavam pelo jardim encontraram a varinha mágica da bruxa que estava caída no chão junto a uma grande porta envidraçada que estava aberta.
Os meninos entraram no castelo porque pensaram que a bola podia ter entrado pela porta. Lá dentro havia uma grande sala cheia de livros grossos com feitiços e muitos frascos com poções mágicas de muitas cores.
O tempo foi passando e começou a ficar de noite e a Lua apareceu muito redondinha e luminosa, era noite de lua cheia. As crianças estavam muito cansadas e adormeceram no chão junto a uma cadeira peluda. O gato preto deitou-se encostado aos meninos.
Durante a noite as crianças sonharam com um grande carrocel e com uma carruagem com dois cavalos cor-de-rosa.
Quando acordaram ficaram muito admiradas por estarem no castelo da bruxa. Voltaram ao jardim e ficaram de boca aberta quando viram que estava lá o carrossel e a carruagem com que tinham sonhado. Os sonhos tinham realmente acontecido.
Nesta altura começaram a ouvir a rainha a chamar o nome dos seus filhos muito alto.
A bruxa que estava a dormir na torre mais alta do seu castelo acordou de repente muito rabugenta porque queria dormir mais tempo. A bruxa desceu as escadas a voar sobre o corrimão e aterrou no jardim. A bruxa nem conseguia acreditar no que estava a ver: um carrossel, uma carruagem, os cavalos, o príncipe e a princesa, o gato junto deles…
A bruxa escutou com mais atenção o que a rainha estava a dizer e muito, muito contente, respondeu à rainha:
- Não vos preocupeis com os vossos filhos! Elas estão muito bem e felizes aqui no meu jardim.
Por favor, cara rainha, venha até cá ver os seus filhos a andar no carrossel tão felizes. Vou já mandar a minha nova carruagem mágica para trazer vossa alteza para cá.
A carruagem voou até ao castelo da rainha, voltou ainda mais depressa com sua alteza real.
Assim que ficaram todos juntos no jardim da bruxa tudo eram abraços, risos felizes e suspiros de alívio da rainha.
A bruxa estava tão feliz com aquelas pessoas todas no seu belo jardim que foi buscar pãezinhos quentes e sumos de fruta. Todos tomaram um belo pequeno-almoço no jardim. Depois foram todos juntos andar no carrossel e divertiram-se muito.
A rainha, a bruxa, o príncipe e a princesa ficaram amigos e passaram a fazer passeios juntos na carruagem mágica da bruxa.
Este conto foi inventado pela Andreia Zvyahina e pela Madalena Costa Oliveira, ilustrada pela Andreia Zvyahina, pela Madalena Costa Oliveira e pela Madalena Gonçalves Oliveira. Foi passado a palavras por Cristina Aveiro e a composição gráfica é de Celina Santiago e Cristina Aveiro.
Foi com enorme alegria que recebemos a notícia de que o conto "As duas irmãs: uma descoberta na gruta" foi distinguido com uma Menção Honrosa no Concurso Uma aventura... literária 2023. Este conto foi inventado, escrito e ilustrado por Iara Oliveiro e Lara Sofia Santos (10 anos).
Este conto pode ser lido aqui!