A aventura do Príncipe e da Princesa no Carrossel
Era uma vez uma rainha muito bonita, alta, com longos cabelos louros, pele clara e grandes olhos azuis cor do céu que andava preocupada com uma bruxa que vivia atrás do seu castelo.
A bruxa era bonita e assustadora ao mesmo tempo. Não era alta, nem baixa, tinha um cabelo negro muito liso que estava sempre em movimento, parecia quase uma vassourinha a abanar. O chapéu da bruxa era duro, alto, bicudo e preto, com uma larga fita azul arroxeada.
O sonho da bruxa era roubar os cabelos loiros da rainha sua vizinha. Depois de os ter, a bruxa ia transformá-los em ouro. Com o ouro a bruxa queria comprar um grande carrossel com cavalos enormes e prateados com belas crinas e caudas pretas para colocar no seu jardim.
Com o carrossel mágico a bruxa ia convidar todas as crianças do reino para serem suas amigas.
A bruxa queria também comprar uma carruagem muito bonita e colorida que quase parecia uma abóbora. Para puxar a carruagem ela queria comprar dois cavalos cor-de-rosa com crina e cauda douradas para levar as crianças a passear na cidade.
Num belo dia os filhos da rainha, o príncipe e a princesa, estavam a jogar no jardim com a sua bola e lançaram com tanta força que a bola voou e foi parar ao jardim da bruxa. O príncipe e a princesa foram atrás da sua bola e conseguiram saltar o muro para o jardim da bruxa.
Assim que chegaram ao chão do jardim do castelo da bruxa começaram a procurar a bola entre os arbustos e árvores. Num recanto ao sol estava refastelado o gato preto da bruxa que ficou encantado com as crianças. A partir desse momento o gato passou a andar sempre atrás dos meninos. Enquanto andavam pelo jardim encontraram a varinha mágica da bruxa que estava caída no chão junto a uma grande porta envidraçada que estava aberta.
Os meninos entraram no castelo porque pensaram que a bola podia ter entrado pela porta. Lá dentro havia uma grande sala cheia de livros grossos com feitiços e muitos frascos com poções mágicas de muitas cores.
O tempo foi passando e começou a ficar de noite e a Lua apareceu muito redondinha e luminosa, era noite de lua cheia. As crianças estavam muito cansadas e adormeceram no chão junto a uma cadeira peluda. O gato preto deitou-se encostado aos meninos.
Durante a noite as crianças sonharam com um grande carrocel e com uma carruagem com dois cavalos cor-de-rosa.
Quando acordaram ficaram muito admiradas por estarem no castelo da bruxa. Voltaram ao jardim e ficaram de boca aberta quando viram que estava lá o carrossel e a carruagem com que tinham sonhado. Os sonhos tinham realmente acontecido.
Nesta altura começaram a ouvir a rainha a chamar o nome dos seus filhos muito alto.
A bruxa que estava a dormir na torre mais alta do seu castelo acordou de repente muito rabugenta porque queria dormir mais tempo. A bruxa desceu as escadas a voar sobre o corrimão e aterrou no jardim. A bruxa nem conseguia acreditar no que estava a ver: um carrossel, uma carruagem, os cavalos, o príncipe e a princesa, o gato junto deles…
A bruxa escutou com mais atenção o que a rainha estava a dizer e muito, muito contente, respondeu à rainha:
- Não vos preocupeis com os vossos filhos! Elas estão muito bem e felizes aqui no meu jardim.
Por favor, cara rainha, venha até cá ver os seus filhos a andar no carrossel tão felizes. Vou já mandar a minha nova carruagem mágica para trazer vossa alteza para cá.
A carruagem voou até ao castelo da rainha, voltou ainda mais depressa com sua alteza real.
Assim que ficaram todos juntos no jardim da bruxa tudo eram abraços, risos felizes e suspiros de alívio da rainha.
A bruxa estava tão feliz com aquelas pessoas todas no seu belo jardim que foi buscar pãezinhos quentes e sumos de fruta. Todos tomaram um belo pequeno-almoço no jardim. Depois foram todos juntos andar no carrossel e divertiram-se muito.
A rainha, a bruxa, o príncipe e a princesa ficaram amigos e passaram a fazer passeios juntos na carruagem mágica da bruxa.
Este conto foi inventado pela Andreia Zvyahina e pela Madalena Costa Oliveira, ilustrada pela Andreia Zvyahina, pela Madalena Costa Oliveira e pela Madalena Gonçalves Oliveira. Foi passado a palavras por Cristina Aveiro e a composição gráfica é de Celina Santiago e Cristina Aveiro.