As aventuras na floresta mágica
Era uma vez uma floresta mágica habitada por fadas e elfos que cuidavam das árvores, das flores e dos animais. Estas criaturas eram de estatura muito pequena, tinham asas para voar, tinham poderes mágicos e uma grande ligação com a natureza, eram uma espécie de guardiões das florestas.
Entre as fadas existiam duas primas que se destacavam, pois andavam sempre envolvidas em aventuras e pequenas peripécias. A fada mais nova chamava-se Kiris, era muito bonita com os seus olhos azuis, boca avermelhada, bochechas carnudas e longos cabelos ruivos. Já a prima mais velha chamava-se Kiara e tinha olhos roxos, lábios rosa, pele clara com sardas no nariz, cabelo castanho, ligeiramente encaracolado, e orelhas bicudas.
As duas primas gostavam muito da floresta azul, que se chamava assim, por causa do seu bonito lago de água límpida e azul. Elas divertiam-se a apanhar flores, para fazerem coloridas tiaras, a correr atrás das borboletas, para brincar à apanhada, e a dormir uma soneca nalguma flor cheirosa e macia.
Certo dia, quando perseguiam as borboletas, entraram numa caverna e viram uma luz brilhante.
-Estou com medo! - disse a Kiris.
-Não tenhas! Eu estou aqui! - sussurrou Kiara.
As fadas voaram até à luz e viram uma borboleta grande, com asas brilhantes e luminosas.
A borboleta perguntou:
- Então, o que fazem estas duas meninas pequeninas e tão bonitas numa caverna tão escura?
- Olá, senhora borboleta! Viemos até aqui porque vimos uma luz muito forte e, como somos curiosas, decidimos entrar - respondeu Kiara.
-E como se chamam? - continuou a borboleta.
- O meu nome é Kiara, o dela é Kiris e o teu?
-O meu nome é Bela! - disse a borboleta.
As duas fadas conversaram mais um pouco com a bonita borboleta, mas estavam tão encantadas com o seu brilho, que quase não tinham palavras. Então, despediram-se e saíram da caverna, prometendo voltar outro dia.
E lá foram as primas a voar, a voar por entre os ramos e as folhas das altas e verdes árvores.
De repente, Kiris avistou um cogumelo gigante, pararam à sua frente e aperceberam-se que havia uma porta lateral. Subiram os pequenos degraus e abriram a porta. Era uma bonita casa que fora abandonada por alguma fada! Kiara gostou tanto daquele cogumelo que decidiu mudar-se para lá. A sua prima Kiris ajudou-a na mudança, mas as fadas não precisam de muitas coisas.
Passou um ano. Num belo dia soalheiro, as duas fadas decidiram voltar à caverna da borboleta brilhante. Quando estavam quase a chegar ouviram um grito de socorro vindo da caverna:
-Socorro! Socorro! Quem me ajuda?
Voaram com toda a velocidade de fada, entraram na caverna e viram a borboleta brilhante a ser levada pela água de um rio. Kiara e Kiris puxaram as asas da borboleta com todas as suas forças e conseguiram retirá-la da água.
Depois de descansarem um pouco, a borboleta agradeceu muito a ajuda, mas como ainda estava nervosa e assustada, as duas primas decidiram cantar uma canção. Cantaram uma bonita melodia em inglês:” I am in love, I am in love…”
Como cantaram bem as lindas fadas!
Para agradecer este bonito gesto, a borboleta ofereceu-se para levar Kiris e Kiara até às suas casas, pois elas sentiam-se um pouco cansadas. As duas fadas aceitaram, cada uma subiu para uma asa e voaram pelo céu azul. As asas da amiga borboleta estavam ainda mais bonitas, pois a luz do sol tornava-as mais brilhantes.
E assim acabou a aventura de duas fadas e uma borboleta!
E assim continuou a amizade de duas fadas e uma borboleta!
Este conto foi inventado e ilustrado pela Iara Henriques Oliveira e pela Íris Sofia Costa Ferraz. O conto foi passado a palavras e nasceu como livro pela mão de Celina Santiago.